segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Insónia de novo...mas esta até é boa... :))

Já devia estar a dormir? Já...
Mas não tenho sono... Não bebi café depois do jantar precisamente a prever isto, mas de nada adiantou.
É sempre assim. Quando alguma coisa me preocupa, lá se vai o sono...
Só que, desta vez, nem é bem uma preocupação. É mais um estado expectante, de alerta...
Se bem que seja uma sensação boa, afinal, acaba por gerar uma certa ansiedade e a minha insegurança volta a emergir.
Bom, o melhor é ir descansar, pelo menos o corpo. Daqui a 4 horas toca o despertador.
Amanhã começa mais uma semana de trabalho. Sabe tão bem dizer isto...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O ontem, o hoje e o amanhã

Olhando para trás, vejo o caminho que percorri.
De há quase 1 ano para cá, a minha vida tem sido uma autêntica montanha russa. Entre vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, ilusões e decepções, espanto-me com a serenidade que alcancei. Noutros tempos, há uns quinze anos atrás, não terei sabido reagir da mesma maneira. Mas passei por situações muito idênticas. Outras, bem piores, até. Mas sobrevivi...!
Nunca pensei conseguir o que tenho conseguido (afinal, é muito até...), mas sinto um misto de orgulho e mágoa. Orgulho por nunca ter desistido. Mágoa porque têm sido anos muito duros, muito sofridos, com muita solidão à mistura. Uma das consequências de toda essa luta é uma certa desconfiança de tudo o que seja "bom demais"... Já diz o velho ditado, "quando a esmola é farta...o pobre desconfia".
Por causa disso já terei perdido oportunidades que, por me parecerem "boas demais para mim", deixei passar ao lado. Terei feito bem...ou nem por isso...? Sei lá...Talvez já tivesse a minha vida mais orientada, talvez estivesse mais feliz, talvez...talvez tanta coisa... A eterna incógnita...
Talvez a falta de auto-estima tenha também ajudado a fazê-lo. Porque me apareceram situações que não me achei merecedora delas, porque não me achei à altura...
O mesmo aconteceu em relação às relações pessoais. Fiz amizades (não muitas, é certo...), algumas acabaram por se desvanecer mas outras têm vindo a fazer parte integrante da minha vida de forma muito positiva. Poderia até, quem sabe, ter desenvolvido um relacionamento mais afectivo com alguém que se mostrou mais especial, mas por falta de coragem, por falta de algo que me impulsionasse e também porque, estupidamente, sempre me achei "inferior", deixei-me ficar quieta. Acho que não agi mal, nalgumas situações. Com o passar do tempo, reconheço que algumas não passaram de meras ilusões. Uma outra situação nada teria de ilusão, mas ainda assim, a minha intuição mandou-me ficar quieta. Já lá vai algum tempo e já me reconciliei com o passado.
Agora, a minha meta é o amanhã, o futuro. O meu e o dos meus filhos. Deveria ter tido mais preocupação comigo antes, mas nunca é tarde...Eles sempre foram a minha prioridade, mas não vou deixar de me incluir agora. Tudo o que fizer terá como propósito não só o bem estar e a felicidade deles, mas também a minha. Afinal, também sou gente! Mereço ser feliz, ter tranquilidade e conforto, paz de espírito e tudo de bom que me surja, não hei-de achar que é "erro de endereço". É para mim mesmo, e vou aproveitar ao máximo.
Um dia, daqui a algum tempo mais, hei-de olhar para trás de novo e vou poder dizer que valeu a pena e que mais vale tarde que nunca.
Acho que, finalmente, aprendi a gostar de mim. É bom... :-))

sábado, 20 de setembro de 2008

Se tivesse net, este seria o blog de hoje, Sábado, 22 e 20 do dia 13 de Setembro de 2008. Nem sei em que data o vou colar aqui, mas é escrito nesta data.
Acordei muito bem disposta, como há muito não acontecia. Tão bem disposta que nem resmunguei com as fardas que tinha que engomar (começa a ser preocupante esta minha mania de refilar em voz alta...).
Depois da lida da casa feita (despachei-me nem sei como, quando dei conta, estava tudo limpo e arrumado) recebi um telefonema de um amigo, convidando-me para um café. É claro que aceitei e lá fomos cavaquear um pouco. Depois de se ir embora, juntei-me a uma amiga e fomos ao supermercado.
Bem, tudo normal até aqui, nada de novo. Apenas a novidade de estar a usufruir um fim-de-semana. Há muito tempo que não o fazia, pelo menos desta maneira.
O que não estava previsto aconteceu depois do jantar. Cozinha arrumada e sem nada significativo para fazer, apoderou-se de mim uma nostalgia enorme. Nada na televisão me interessou (sem net, até já vejo TV, quem diria...).
Liguei o PC e revi fotos de pessoas amigas, com quem não converso há muito tempo (tenho um ficheiro só com fotos daquelas pessoas que me são queridas pelas mais variadas razões. De outras, nem foto tenho, mas lembro-me delas com saudade).
Não é fácil passar de um contacto diário (ainda que “virtual” na maioria dos casos) para um contacto muito esporádico ou, nalguns casos, para contacto nenhum. É um hábito que ganhei. É um dos poucos prazeres que criei para mim, conversar com outras pessoas, trocar ideias, trocar pontos de vista, trocar gargalhadas, muitas vezes trocar mágoas até. Sinto tanto a falta desse hábito.
No entanto, tem-me sido benéfico. Se, por um lado, me obrigou a sair da sombra do monitor (até pela evolução natural do conhecimento mútuo), por outro também serviu para identificar quem realmente também sente a minha falta e se preocupa em ter notícias minhas.
É bom saber que alguém sente a nossa falta. Mas dói verificar que aquelas pessoas que, por vezes, pensamos que nunca vão deixar de dar notícias, são aquelas que se afastam mais rapidamente. Algumas das pessoas com quem converso, têm o meu contacto telefónico. Umas fazem uso dele para saber de mim, outras, nem por isso...
Hoje, revi a todas.
Foi, acima de tudo, uma descoberta interessante. Sentir um misto de saudade-mágoa por umas e saudade-carinho por outras. E constatar, no decorrer de tudo isto, que por muito que queira manter-me à margem de sentimentos mais significativos, não consigo controlar uma inquietação que nasceu não sei quando, nem como, nem porquê...mas que de virtual nada tem. Torna-se, aliás, mais real a cada dia que passa.
Acho que me vou manter na “sombra” mais uns tempinhos... Pode ser que ainda passe...