sábado, 20 de setembro de 2008

Se tivesse net, este seria o blog de hoje, Sábado, 22 e 20 do dia 13 de Setembro de 2008. Nem sei em que data o vou colar aqui, mas é escrito nesta data.
Acordei muito bem disposta, como há muito não acontecia. Tão bem disposta que nem resmunguei com as fardas que tinha que engomar (começa a ser preocupante esta minha mania de refilar em voz alta...).
Depois da lida da casa feita (despachei-me nem sei como, quando dei conta, estava tudo limpo e arrumado) recebi um telefonema de um amigo, convidando-me para um café. É claro que aceitei e lá fomos cavaquear um pouco. Depois de se ir embora, juntei-me a uma amiga e fomos ao supermercado.
Bem, tudo normal até aqui, nada de novo. Apenas a novidade de estar a usufruir um fim-de-semana. Há muito tempo que não o fazia, pelo menos desta maneira.
O que não estava previsto aconteceu depois do jantar. Cozinha arrumada e sem nada significativo para fazer, apoderou-se de mim uma nostalgia enorme. Nada na televisão me interessou (sem net, até já vejo TV, quem diria...).
Liguei o PC e revi fotos de pessoas amigas, com quem não converso há muito tempo (tenho um ficheiro só com fotos daquelas pessoas que me são queridas pelas mais variadas razões. De outras, nem foto tenho, mas lembro-me delas com saudade).
Não é fácil passar de um contacto diário (ainda que “virtual” na maioria dos casos) para um contacto muito esporádico ou, nalguns casos, para contacto nenhum. É um hábito que ganhei. É um dos poucos prazeres que criei para mim, conversar com outras pessoas, trocar ideias, trocar pontos de vista, trocar gargalhadas, muitas vezes trocar mágoas até. Sinto tanto a falta desse hábito.
No entanto, tem-me sido benéfico. Se, por um lado, me obrigou a sair da sombra do monitor (até pela evolução natural do conhecimento mútuo), por outro também serviu para identificar quem realmente também sente a minha falta e se preocupa em ter notícias minhas.
É bom saber que alguém sente a nossa falta. Mas dói verificar que aquelas pessoas que, por vezes, pensamos que nunca vão deixar de dar notícias, são aquelas que se afastam mais rapidamente. Algumas das pessoas com quem converso, têm o meu contacto telefónico. Umas fazem uso dele para saber de mim, outras, nem por isso...
Hoje, revi a todas.
Foi, acima de tudo, uma descoberta interessante. Sentir um misto de saudade-mágoa por umas e saudade-carinho por outras. E constatar, no decorrer de tudo isto, que por muito que queira manter-me à margem de sentimentos mais significativos, não consigo controlar uma inquietação que nasceu não sei quando, nem como, nem porquê...mas que de virtual nada tem. Torna-se, aliás, mais real a cada dia que passa.
Acho que me vou manter na “sombra” mais uns tempinhos... Pode ser que ainda passe...

1 comentário:

2P disse...

Fazes o favor de não te manteres na sombra como dizes que irás fazer.
Deixa que o sol bata no teu bonito rosto
Deixa que o sol aqueça a tua alma e o teu coração
Deixa que o sol precorra o teu corpo
Aproveita o Sol emquanto há e enquanto podes
O outono começa segunda-feira, se bem que o Outono da tua vida ainda vem longe, mesmo assim aproveita bem o Sol
Milhões de beijos com todo o carinho do mundo