quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Faço parte das estatísticas sobre o desemprego nacional, infelizmente, há cerca de um mês. Tenho corrido "quase" tudo, tentando de todas as maneiras que me são possíveis encontrar um trabalho que se compatibilize com a minha vida. Mas é, realmente, muito difícil.
Tenho deparado com situações no mínimo caricatas:
  • a entrevista marcada para as 10H00 e finalmente concretizada às 14H00;
  • a rejeição por ter demasiadas habilitações;
  • o não ter habilitações suficientes para um trabalho que sei fazer quase de olhos fechados;
  • o simples facto de ter já 40 anos (a gente vai perdendo qualificações com o passar do tempo, embora vá acumulando experiências, mas isso não serve de nada...);
  • a oferta do ordenado mínimo nacional para fazer trabalho de secretariado;
  • a exigência de carta de condução para uma vaga de telefonista.
Muitas outras há, estas são apenas uma gota no oceano.
O que vale é que "teimosia" é o meu apelido.

1 comentário:

Anónimo disse...

Este cenário que acabaste de descrever é o corolário de 30 anos de erros crassos no sector da educação. Mão de obra pouco qualificada, uma hemorragia de cursos superiores, como a engenharia do papel e afins, e outros cancros que assolam o sistema. 30 ministros da educação desde o 25 de Abril e experiências «à professor Pardal» ditaram o resto. Para ser franco, acho que a União Europeia é o nosso seguro de vida e de morte. Se por um lado sobrevivemos, por causa dela, por outro lado, estamos à míngua porque a Europa expõe todas as nossas fragilidades. Estranha forma de vida...