segunda-feira, 28 de abril de 2008

Existem músicas lindas por esse mundo fora. Aliadas a letras que parecem saídas de um qualquer folhetim astrológico, com previsões semanais para cada signo.
Acabo de ler o meu.
Diz assim:

http://www.youtube.com/watch?v=otpD66Xm11I

quarta-feira, 23 de abril de 2008

E assim é a vida...

Por vezes tomamos por certo o que não o é. Falo de sentimentos.
Durante o dia de hoje e em três fases distintas, tive exemplos disso mesmo.
Alguém que pertencia ao passado reapareceu, alguém a quem muito quiz um dia, a quem amei, e que hoje se plantou na minha frente, não conseguiu sequer alterar o ritmo da batida cardíaca.
Alguém que pertence ao presente também apareceu, de outra forma, é certo. Não vou dizer que o ritmo da batida cardíaca não se alterou. Seria cinismo da minha parte. Altera-se sempre que aparece. É mais forte que a minha vontade.
Alguém que pertence ao presente mais recente, apareceu também. Xxxiiiiiiiii....... que tambor....
Parece que Deus me quer pôr à prova. Ou quer que eu reflicta. Ou quer que eu me decida.
Ó Deus, agora não! Tenho outras coisas em que pensar!
Nunca pensei que isto pudesse acontecer, assim, tão naturalmente.
O sere humano é mesmo imprevisível. Nem me conheço mais.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Eu queria, não, eu QUERO!

Quando somos pequenos é comum perguntarem-nos o que queremos ser quando formos grandes. Regra geral, as respostas resumem-se ao campo profissional.
Lembro que respondia que queria ser jornalista, escritora e educadora de infância.
Acabei por já ter passado por todos esses estados: fui jornalista, quando participava no jornal escolar, durante 3 anos, fui escritora quando publicava textos soltos nalgumas revistas, quando escrevi o meu 1º livro (e único, até agora), quando participava nos concursos literários de algumas freguesias (cheguei a ganhar prémios, ora então...!) e no liceu também. Educadora tem sido o meu papel no crescimento dos meus filhos e, modéstia à parte, acho que não me tenho saído nada mal. Isto de ser pai e mãe em simultâneo não é nada fácil, mas vou levando.
Esqueci-me foi de dizer que queria ser feliz. Que queria que a minha vida tivesse uma estabilidade mínima. Que queria ter mais harmonia na família, afinal tão grande. Que...tanta coisa...
Se o tivesse dito, talvez Deus mo tivesse facultado como facultou todas as que disse.
Assim sendo, digo agora: eu QUERO ser feliz, eu QUERO uma estabilidade mínima na minha vida. Quanto à família, não me basta querer sózinha, há muitas pessoas envolvidas e os quereres são diferentes.
Mas pelo que QUERO, pelo menos, vou lutar e conseguir. Hei-de conseguir.
Neste exacto momento quero dormir, já é tão tarde, mas o sono teima em não chegar. A cabeça lateja de tanto pensar, o coração dói.
Daqui a pouco amanhece e a minha luta continua...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

JC - João Cordeiro

Recebi, ontem, uma prenda inestimável: o livro "Ano Louco" do meu amigo João Cordeiro.
Não nos conhecíamos pessoalmente mas trocámos, durante algum tempo, e continuamos a trocar, comentários nos nossos blogues, os dele - "A Traição do Eu" e "Sonhador em Full Time" (hiperligações ali ao lado, n'As Minhas Ninfas) - e o meu, este mesmo.
Por uma coincidência(fui a leitora nº 15.500), fui a feliz contemplada com a oferta deste livro. Fiquei ainda a conhecer pessoalmente uma pessoa incrível, fantástica, um novo e bom amigo, creio.
O mais interessante, é que O Todo-Poderoso continua a fazer chegar a mim as suas mensagens, utilizando diversos meios, cada qual mais incrível que o anterior, mas a mensagem continua a ser igual. Desta vez, encontrei-a nas páginas do livro deste meu amigo:

"Por vezes quando penso e olho para trás, percebo o quanto nos pode escapar das nossas vidas por tanto pensarmos, pelas indecisões, pelos quase... e a vida vai passando, escoando-se e, quando nos apercebemos é tarde.
Já passou, não chegamos a nos arrepender de nada, pois não vivemos para ter com o que nos arrependermos.
Há momentos da nossa vida que, sendo vividos com intensidade e entrega, ficam para sempre. São os momentos de felicidade."

Um pouco mais adiante e parafraseando um texto de Luis Fernando Veríssimo:

"Sobra covardia e falta de coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Gaste mais horas a viver que a sonhar, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Bem hajas, João. Nem imaginas o efeito destas tuas palavras.
O livro é fantástico. "Ano Louco". João Cordeiro.

terça-feira, 15 de abril de 2008




O amor é como uma borboleta.


Quando estamos prestes a agarrá-la, foge e voa para longe.


Quando estamos distraídos, por vezes, vem e pousa no nosso ombro, sem darmos conta...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Estado: lamentável

"Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem em minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era o meu farol e hoje estou perdido
Sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas,Minha solidão
aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar...
Perdi o jogo e tive que te ver partir
E minha alma sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui..."

D'black - "Sem ar"

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Para o meu filho

7 de Abril de 1990.
Seria impensável esquecer esta data.
Impensável seria também não fazer aqui qualquer referência ao significado desta data.
Para cada mãe, cada filho é especial, único. Não há igual, mesmo que tenha um rancho deles à sua volta. Cada um é "o seu" filho.
Também o meu filho é "o meu filho". E não há nada nem ninguém neste mundo (exceptuando a minha filha, obviamente) a quem eu ame tanto como a ele.
Em tempos que já lá vão, graças a Deus, apontava-me com dedo firme o desmembramento do seio familiar. Não vão assim tantos anos, mas aos 18 anos, 8 já é "muito" tempo. Discussões, birras, acusações constantes, faziam parte do dia a dia. Não desejo a ninguém a angústia que sentia cada vez que discutíamos. Parecia óbvio que nunca nos entenderíamos.
Hoje, homem feito, é o meu melhor amigo, o meu confidente, o meu impulsionador, é a única pessoa (no seio familiar, entenda-se) que me diz para me aventurar e tentar ser feliz.
Chego cansada do trabalho e diz-me para não me preocupar com o jantar. "Senta-te mãe. Descansa um bocado. O que é que queres jantar? Diz-me, eu faço." Ou então, no dia das limpezas: "Mãe, deixa o meu quarto, não te preocupes que eu trato dele, depois ajudo-te com o resto."
Ele é estudante, trabalhador em part-time em dois locais distintos, é bombeiro voluntário, é voluntário numa Associação de apoio aos sem-abrigo...e é O MEU FILHO.
Fez 18 anos no dia 7.
Perguntei-lhe o que gostaria que lhe oferecesse. Respondeu-me que queria passar a noite a fazer serviço no quartel de bombeiros, a sua 2ª família. É claro que foi.
Perguntei-lhe se queria ir festejar com os amigos, numa discoteca, ou algo parecido. Respondeu-me assim:
"Mãe, eu sei que 18 anos é a maioridade e que só se faz 18 anos uma vez na vida. Cada ano que faço é único, não se repete mais, por isso não acho diferente dos outros anos. Tu também, cada ano que fazes, é único e não se repete mais. Fazes anos todos os anos, não me lembro de te ver festejar nada. Deixa lá isso..."
Nos dias que correm, ter um tesouro destes em casa, senti-me eu a aniversariante.
Que Deus o abençoe e proteja.
Parabéns, meu filho.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Apenas um intervalo

Têm sido algo complicados, os últimos dias, para mim. A constatação da hipocrisia humana é algo que me confunde e magoa muito. Principalmente porque me equivoquei, o que me foi apresentado como realidade não passava, afinal, de pura hipocrisia. Sonhar é bom. Acordar e reconhecer que foi apenas um sonho, uma ilusão, é doloroso.
O reconhecer a minha ingenuidade perante certas situações também não é fácil, muito menos agradável. Apenas me faz retroceder em certas posições tomadas, faz reaparecer antigos fantasmas, já trancados no fundo de uma qualquer gaveta. Aí estão eles, em fileira, apontando lanças na minha direcção, atentos a qualquer pensamento que me atreva ter.
É tempo de fechar para balanço.

domingo, 6 de abril de 2008

Fascinação

"Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar
Tonto de emoção
Com sofreguidão
Mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor..."

Elis Regina