Há pessoas amigas que têm "reclamado" de mim. "Não escreves...", "não lês o meu blogue...", "não tens comentado..."
A todos e a todas peço desculpa. Não é hábito meu e por isso estranharam. Ficaram a conhecer-me mais um pouco. Já percebem porque digo muitas vezes que sou bicho-do-mato, né? De vez em quando isolo-me - ou tento isolar-me - do mundo. Estive 3 dias que nem o pc liguei. Tenho dias em que ligo o msn e vejo lá pessoas online que normalmente cumprimento sempre, umas por educação apenas, outras porque me dá sempre imenso prazer conversar. Tenho "fugido" de todos, é verdade.
Mas não consigo fugir de mim. E se alguém há que mereça levar na cabeça agora, esse alguém sou eu. E se alguém há que não perde uma oportunidade para dar na cabeça de alguém, esse alguém também sou eu. Ora vamos lá à porrada...
Se há um adjectivo que NÃO se coaduna com a minha vida é "monótona". Ando sempre numa correria doida, sempre à procura, sempre a querer mais e melhor. A minha amiga psicóloga já me disse que é sintomático, mas enfim...sou uma insatisfeita por natureza...vá-se lá saber porquê...
Profissionalmente, parece que desta feita vou assentar arraiais. Vou finalmente ter um contrato, vou ter oportunidade de ingressar numa empresa grande onde posso crescer e aplicar os meus conhecimentos. A ver vamos como tudo corre.
Financeiramente, vou levar algum tempo a reencontrar a estabilidade que perdi, mas com um pouco de esforço e "mão fechada" como sou, não vai ser tarefa muito complicada. Basta para isso organizar-me.
Pessoalmente, e para não variar, aqui é que a porca torce o rabo. Porque não passo da cepa torta, sempre com os meus medos a dançar à minha frente, sempre a travar qualquer passo que pretenda dar ou que alguém pretenda dar em minha direcção. Mas também isso tem que mudar. Cada vez mais sinto a falta de ter alguém ao meu lado para partilhar tudo o que a vida possa oferecer, de bom ou menos bom. Ter essa certeza já é um passo de gigante para mim, eu nunca admiti isso, sempre disse que "estou só, bem obrigada". Mentira. Não estou bem coisa nenhuma. Mas também não é do pé para a mão que isso se resolve, então nos dias que correm, não é mesmo nada fácil. Com a minha mania de perfeccionismo esqueci-me que não posso exigir dos outros uma perfeição que nem eu a tenho, e há que ser tolerante se quero que o sejam comigo. Mas é assim a vida, vivendo e aprendendo, todos os dias um pouco mais. Só assim crescemos.
E pronto, já chega de introspecção por hoje.
Amanhã é outro dia e este ainda agora começou.
