quinta-feira, 29 de maio de 2008

Uma amiga perguntou-me hoje o que se passava comigo, já não escrevo aqui há alguns dias e ela estranhou. Falta de assunto não será com certeza. Falta de coragem talvez.
Vou falar de quê?
Só se fôr do tempo, que não há meio de mudar, parece que o Inverno agora são 6 meses.
Todo o resto me obriga a olhar para "dentro" e não me apetece.
Basta pensar sequer fazê-lo para sentir um aperto na garganta.
Não vale a pena.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Talvez pareça um pouco naif, mas é assim mesmo que me sinto.

http://www.youtube.com/watch?v=jgrNZ3o0_Rw

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Porque...

Porque um dia nos levantamos e pensamos que as coisas vão mudar
Porque acreditamos que tudo pode ser diferente
Porque temos a esperança de alcançar um sonho...
Por isso corremos, vamos ao encontro daquilo que, nesse momento, é o nosso sonho.
Mas o momento chega,damos tudo de nós e no final o que nos resta são dúvidas...
E o tempo passa...
E o cansaço é maior.
Mas a intensidade é a mesma, porque afinal o sonho continua.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Há muito tempo que não me sentia tão impotente, tão inútil, tão...nada.
Sempre que faço uma tentativa de levantar vôo, sempre que penso que é desta que vou em frente, logo algo se atravessa no meu caminho. Não me é permitido avançar.
Parece uma espécie de karma, nunca consegui dizer que estava bem em todos os aspectos da minha vida. Se pessoalmente estou bem, profissionalmente estarei mal. Se estarei bem profissionalmente, pessoalmente estarei mal. É só um exemplo, mas de facto repete-se ao longo da minha vida. E quando um se começa a encaminhar, logo o outro desaba.
Chego a recear ter alguma sorte seja no que fôr.
Eu quero acreditar que as coisas se vão compôr, mas chego a pensar que isso é algo que nunca hei-de conseguir.

domingo, 11 de maio de 2008

Alguém que...

Não é de minha autoria, mas são as palavras que trago atravessadas na garganta e teimam em não sair. Quem quer que o tenha escrito não me conhece de todo nem sabe que existo sequer.

"Lentamente as lágrimas corriam-me pela face, abatia-se sobre mim a desilusão de quem tudo dera, de quem nada tinha… Mais uma vez olhava ansiosa para a porta que minutos antes havias cruzado saindo de vez da minha vida…queria ver-te regressar e dizeres-me que fora uma birra das tantas que costumavas fazer…mas não…a porta continuava fechada e tu, irremediavelmente, perdido!
Lembro, alguns anos antes, de te ver sentado sozinho numa mesa do café do meu bairro. Os nossos olhares cruzaram-se e, como que atraída por um íman, nunca mais consegui desviar os meus..."" Perante a minha atrapalhação, sorriste…Ai que sorriso…o teu rosto iluminou-se por completo e, foi aí que me apaixonei...
Foram horas, dias, meses e anos de intensa paixão… Mágoas que se esqueceram… Prazer sem limite… Não juntos, mas um só… Juras de amor eterno… Até hoje. Até que saíste fechando a porta com um estrondo…
Tudo acabou… O desamor instalou-se… Cada um para seu lado… As mágoas regressaram, não as tuas, desta vez foram as minhas…doridas, gritantes pareciam garras a dilacerar-me o coração… Disseste que já nada por mim sentias….como doeu… Sabendo como te amava…como daria a minha vida por ti…enganaste-me e abandonaste-me como se de um trapo velho se tratasse… Não o merecia…
Hoje, com alguma distância, já não sofro tanto.. Não sei se voltarei a amar… Ainda há muita amargura… Mas já consigo sorrir… Já consigo aguardar expectante cada novo dia… Já há alguém que se insinua no meu espírito… Alguém que já não me é indiferente… Alguém que…."
Hoje de tarde, falando com uma amiga, focámos um assunto que aconteceu no final do ano passado. Uma estúpida paixonite que até serve para brincar um pouco (agora...na altura, nem pensar). Diz essa minha amiga que como não fui "maluca" em nova dei para sê-lo agora, em velha. É apenas uma brincadeira, e é claro que é como brincadeira que o encaro.
No entanto, essa brincadeira levou-nos a outro tipo de considerações e assim estivemos durante o resto da tarde.
De repente, a conversa já era séria o suficiente para não meter brincadeira nenhuma. Para concluir, alguém que estava sentado na mesa do lado (pelos vistos ouviu a conversa toda...), levantou-se e, pedindo desculpa pela intromissão, dirigiu-se a mim dizendo:

"A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la."

O senhor já terá uma certa idade. Olhou-me fundo nos olhos enquanto me dizia estas palavras, com um doce sorriso.
Só me ficou uma dúvida. Estaria a referir-se ao tal passado ou ao futuro?
Deixou-me a pensar.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A palavra que nunca te direi

Posso desaparecer por um minuto... por uma hora... por um dia... por um mês...
Mas estarei sempre por perto...
Posso até não te dizer bom-dia... boa-tarde... boa-noite...
Mas nunca te direi adeus...

Solidão é...

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência! Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto... SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."

Chico Buarque

terça-feira, 6 de maio de 2008

Ânimo

Quando estamos na mó de baixo, como se diz, acontecem coisas que nos ajudam a elevar o espírito, nos animam, nos dão forças renovadas. Acabei de receber esta mensagem:

"Uma mulher tem forças que espantam os homens. É capaz de suportar problemas e pesados fardos.
Detém felicidade, amor e opiniões.
Sorri quando lhe apetece gritar, canta quando lhe apetece chorar, chora quando está feliz e ri quando tem medo.
O seu amor é incondicional.
Comete apenas um erro: por vezes esquece o quanto vale.
Envia a todas as mulheres lindas que conheces.
Eu acabei de o fazer."

Foi a minha filha quem me enviou esta mensagem. Descreveu-me ao pormenor.
Amanhã é outro dia.

Parece anedota...mas não é...

Empresário: Bom dia Sr. Engº., há quanto tempo?!
Ministro: Olha, olha, está tudo bem?!
E: Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado tu é que eras homem para me desenrascar o miúdo!
M: E que habilitações ele tem?!
E: Tem o 12º completo.
M: O que ele sabe fazer?
E: Nada, sabe ir para a discoteca e deitar-se às tantas da manhã...
M: Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor, fica a ganhar cerca de 4.000 € , agrada-te?
E: Isso é muito dinheiro! Com a cabeça que ele tem era uma desgraça! Não arranjas algo com um ordenado mais baixo?
M: Sim, um lugar de Secretário já se ganha 3.000 € .
E: Ainda é muito dinheiro, não tens nada volta dos 600/700 € ??
M: Eh pá! Isso não, para esse ordenado tem de ser Licenciado, falar espanhol, inglês, francês, alemão e dominar Informática...

domingo, 4 de maio de 2008

Dia da Mãe

Celebra-se hoje, em todo o mundo, o Dia da Mãe.
Na minha vida este é um dia comum, não celebro absolutamente nada. É exactamente igual aos outros dias. A celebrar-se, este dia dia devê-lo-ía ser durante o ano inteiro. Assim como o Dia do Pai, o Dia dos Namorados, o Dia da Paz, o Dia dos Deficientes, o Natal... por aí fora.
Acho uma hipocrisia pegada celebrarem-se dias "especiais". Dias especiais, para mim, são o aniversário, por exemplo, de alguém ou de um acontecimento específico. Nada mais.
Muito menos celebro este dia quando estou precisamente a meio de uma crise existencial.
Sou mãe. Será que o deveria ter sido? Será que o tenho sido por inteiro? Terei capacidade para sê-lo?
Sou filha também. De quem? Quem é a minha mãe? Alguma vez a tive? Aquela pessoa com quem poderia contar em todas as horas, nas boas e nas menos boas?
Não sei o que isso seja. Ter alguém que diz que um dia me deu à luz não justifica que a considere "mãe" na total acepção da palavra, embora seja esse o título que use para me dirigir a ela.
Alguém que me aponta o dedo desde que tenho noção de existir, que não consigo recordar um carinho sequer, quem é? Alguém que me telefona para saber se já arranjei trabalho mas que é incapaz de perguntar como estou a sobreviver a tudo isto, como me sinto, se preciso de algo (um gesto de solidariedade é tão simples...), quem é? Não faço a menor ideia...
Só queria saber quem sou afinal, o que ando neste mundo a fazer. Tenho a certeza que se desaparecesse, as únicas pessoas que iriam recordar-me para sempre seriam os meus filhos. E mesmo eles, não consigo jurar que o fariam pelas razões óbvias.
Só lamento que se aproveitem destas datas "especiais" para apelar ao consumismo. Afinal, não servem para mais nada.