domingo, 26 de outubro de 2008

Sinais de luzes...? Pode ser...?

Das duas, três...eu não sou loira (embora alguém insista em dizê-lo com frequência...), mas, ou sou muito lenta de compreensão ou tenho uma imaginação demasiado fértil.
Porquê??
Porque ou hei-de estar a tentar descodificar mensagens (por vezes sem código algum...são claras como água...) ou codifico-as num ápice e dou-lhes a interpretação que gostaria que tivessem...
E agora???
Sinais de luzes...não há??? Do tipo assim:
Verde - Já devias saber...estás à espera de quê??
Amarelo - Aguenta aí que isto ainda não tá muito claro...
Vermelho - Lamento, mas descodificaste de um modo errado.
E pensar que já tenho esta idade...pareço uma garota de liceu...que vergonha...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008




Ali estava eu....
Era uma manhã de Outono, uma manhã diferente ou igual a tantas outras.
E eu, sentada naquele imenso areal da praia, contemplava o mar imenso, misterioso.
A brisa que me tocava o rosto e me beijava em silêncio, o toque na areia molhada nos pés descalços, o cheiro a mar, a mais doce fragância que me fazia respirar saudade e nostalgia...
Ali estava eu, onde o mundo por vezes começa e às vezes acaba, pensando nas coisas simples da vida como o sorriso de uma criança,o cantar de um pássaro, um simples beijo ou mesmo o tão banal bom dia de um desconhecido...
Ali estava eu, me interrogando, se a vida é tão curta porquê tanta injustiça, porquê tanta guerra, porquê tanta falsidade, porque não nos amamos...?
Ali estava eu, inerte, presente a tanta beleza, o sol que me olhava tímido por entre as nuvens...
Ali estava eu, sózinha, como sempre, entregue a mim,entregue aos meus sonhos, entregue a Deus.

sábado, 11 de outubro de 2008

Grandes males...grandes remédios...

Por vezes, os problemas ganham uma dimensão demasiado grande não porque o sejam, realmente, mas porque deixamos passar demasiado tempo sem os resolvermos. São como bolas de neve, vão crescendo, vão-se agravando, vai sendo cada vez mais difícil lidar com eles, torneá-los, cada vez mais penoso se torna chegar a uma acção efectiva.
Não, isso não é para mim. Já o fiz no passado e deu muito mau resultado. Esperar que com o tempo as coisas mudem não é solução. Como eu costumo dizer, não se constrói uma casa começando pelo telhado.
Assim, decidi resolver de uma vez o problema que me tem vindo a atormentar.
Nada como sentar, frente a frente, olhos nos olhos e falar, nem que seja com o coração apertado. Mas falar.
Foi o que fiz. Falei. Sei que magoei quem não queria magoar. Mas magoei muito menos se tivesse deixado o tempo passar e deixado as coisas seguirem um caminho sem volta, com irremediáveis arrependimentos e ressentimentos.
Não culpo a ninguém por este problema senão a mim própria. Sinto-me mal com isso, mas nunca escondi a realidade. Fui honesta desde o início...até ao fim. Apenas porque, mesmo sabendo que os sentimentos não são racionais, abri uma excepção.
Não se ama quando se quer. Não é um botão no qual basta pressionar e pronto...já está! Antes pelo contrário... O amor surge nas horas menos oportunas. Mas se assim não fosse, não seria amor... Se pudesse, escolheria a quem amar, mas é-me impossível. Assim como se torna cada dia mais difícil disfarçar sentimentos com o receio da rejeição. Mas isso já é outra história...e já não é nova. Apenas a tenho evitado.
Amanhã é um novo dia. Espero por ele para usufruir de todas as coisas boas que me possa trazer.
Amén.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Comodismo, sentido prático e outras tretas

Lá ando eu às voltas, a esta linda hora...o costume. Vira para um lado, vira para o outro...até o cão já saltou da cama fora - ele dorme em cima dos meus pés, literalmente... :(
Devia sentir-me bem, devia estar tranquila, devia estar feliz. Afinal é esse o estado de espírito de quem inici um relacionamento com alguém, não?? Devia...mas não estou.
Mil e uma dúvidas me assolam. E não há como fugir a elas.
Tudo vem no seguimento de um post que li, num blog de uma pessoa amiga. Aliás, o texto não é original e eu até já o conhecia, faz parte de um comentário aqui deixado, inclusive. Na altura li, registei, mas nem liguei mais... Mas desta vez fez mossa... Tal mossa que nem comentei esse post. Não tinha palavras para o comentar. Tudo o que pudesse escrever soaria a falso. Incomodou-me ler aquele post. Sem esperar, revi-me naquele post. Bolas!!! Quem me manda andar a ler tudo e mais alguma coisa às tantas da matina, quando não consigo dormir??? E porque diabo ele tinha que lá pôr aquele texto, precisamente nesta altura??? Até me deu vontade de lhe dar um carolo, mas pela net não ía dar muito jeito...
Fala de comodismo nos relacionamentos. Fala do facto de as pessoas, hoje em dia, não se apaixonarem de verdade, apenas gozam relacionamentos previamente acertados ao pormenor, entre outras verdades.
Revi-me em tudo isso... Onde fica o amor e a paixão...? Pois...não há, realmente. Pelo menos, da minha parte. E o mais ridículo de tudo, sendo eu uma romântica inata, é que está tudo mal mas por minha intervenção! É tão estúpido dizer isto, mas é apenas uma constatação da realidade.
Acho que estou a meter os pés pelas mãos. Pior ainda, é que é uma situação aceite por ambas as partes. Mesmo sabendo de antemão que não há sentimento nenhum que me faça avançar para um relacionamento, é aceite com a esperança que um dia eu mude de ideias... Porra! O amor não é uma ideia!!! E eu deixei isto acontecer...
Sinto-me a pior pessoa ao cimo da terra. Não estou a enganar ninguém senão a mim própria.
Tenho que resolver este embróglio e nem sei por que ponta pegar.
Vou para a cama, dar mais meia dúzia de voltas. Pode ser que adormeça ainda antes do despertador tocar...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Simplesmente...lindo

" Já pensei dar-te uma flor,
com um bilhete,
mas não sei o que escrever,
sinto as pernas a tremer
quando sorris para mim,
quando deixo de te ver...
Vem jogar comigo um jogo,
eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha,
quanto é que eu gosto de ti.
Gosto de ti desde aqui até à lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
e é tão bom viver assim... "

André Sardet

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Podia Acabar o Mundo

" Eu não sei
Se este caso tem
Para ti algum valor
Sabes bem
e eu sei também

Foste o meu primeiro amor
Este caso Feliz
Foi um caso que eu quis
Que fosse um caso só para nós

Podia acabar o mundo
Desabar a ponte sobre o Tejo
Que eu viria do fundo do mar
Só para te dar mais um beijo

Eu pensava que estar apaixonado
Era brincar e agora sei
Que toda a vida te sonhei
E te esperei, sem saber porquê…

Já me vi
Neste amor por ti
A vontade e a razão
Tu dirás que voltar atrás

É trair o coração
Este caso de amor
Por acaso é o maior
Do que tudo que eu vivi "

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Grande lição...

Tem sido uma semana um pouco tempestuosa. Embora tente não me ir abaixo, acabo sempre por ir, nem que seja um pouco.
Escrevi no post anterior que o meu filho está numa fase muito delicada. Tem-me sido difícil animá-lo, ou tentar pelo menos. Ele é como eu. Por muito que lhe digam para se animar, essa força tem que vir de dentro. Bem se pode dizer que sim, que vamos em frente, mas cá por dentro é que sabemos o que sentimos. E não há nada a fazer senão deixar o tempo correr. Como um amigo me disse muito recentemente, o tempo cura tudo. E é bem verdade, como aliás tudo o que me tem dito.
Mas, não fugindo ao principal, o meu filho acabou por me dar uma grande lição.
A origem da tristeza do meu filho está no facto de que a Coorporação onde ele pertence e onde ele tem trabalhado, inclusivé, voluntariamente, está em dificuldades financeiras. Aliás, o mundo inteiro está, não é? Como ele estava lá a trabalhar de forma pouco (ou nada) formal, dispensaram-no dizendo que, se ele assim entendesse, poderia continuar desde que fosse em regime de voluntariado.
Foi tudo. O sonho. A ajuda em casa. O orgulho. A auto-estima. Nunca tinha visto o meu filho tão triste. Nem tinha imaginado que ele cairía num tal estado. Fiquei de rastos também, é claro...
A lição que me deu foi mostrar-me que não ía fazer como fiz a vida inteira. No espaço de dois dias apenas resolveu parte do problema: arranjou trabalho e começou a trabalhar hoje. A frustração e a tristeza ficaram para, segundo ele, qundo tivesse tempo e paciência.
E mesmo com o sobrolho carregado e os olhos tristes, levantou a cabeça e seguiu em frente.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Intuição, pressentimentos e outras porcarias do género

Desde que fui mãe, assolaram-me umas "coisas" que até então desconhecia.
Eu comecei por atingir estados de ansiedade extrema, algumas vezes, quando não tinha algum dos meus filhos na minha presença, por exemplo. Posteriormente, verificava a ocorrência de algum incidente entretanto ocorrido...
Por exemplo, em relação à minha filha.
Asmática desde bébé - tinha 2 meses quando começou a usar cortisona... Nem sei como não tem problemas cardíacos, mas...os exames regulares que tem que fazer assim o indicam, graças a Deus. Não terá sido de imediato, mas cada vez mais frequentemente eu pressentia um ataque de asma. Não por algum sinal que ela desse, até porque eles surgiam do nada, num clic. Mas, à medida que ela foi crescendo, cada vez mais eu os pressentia. Dava por mim a acordar durante a noite, inexplicavelmente. Uma inquietação terrível. Até que, por fim, eles surgiam. Mas é apenas um exemplo. Até quando lhe surgiu a 1ª menstruação...Não consigo explicar a urgência que sentia de falar com ela, a meio da manhã naquele dia... Assim que saí para almoçar, liguei-lhe. Ela estava eufórica, hehe...Chorámos as duas, parecíamos umas tontas. Não sei explicar, mas eu senti que tinha que falar depressa com ela, havia qualquer coisa urgente para ser comunicado, sei lá...
Com o meu filho, é a mesma coisa. Com maior tendência para os problemas, não de saúde mas de outra ordem.
Eu "senti" quando ele partiu o tornozelo. Eu nunca o ía buscar à escola. Ele já era "grande", como ele gostava de afirmar, e vinha a pé para casa. Não vinha sózinho, é claro, nem a escola ficava longe, uns 300 metros de casa, mais ou menos, mas eu só descansava quando ele chegava. Naquele dia eu "tinha" que ir buscá-lo. Não sei explicar, mais uma vez... Mas tinha que ir, e fui...
Quando ele fugiu de casa, aos 9 anos. De manhã comeu o pequeno-almoço em silêncio, logo ele, que era uma gralha (ainda é!!!!). Estranhei. Perguntei se estava tudo bem. Estava. Mas não fiquei bem. Passei a manhã desconcentrada. Lembro-me que tinha uma reunião muito importante nesse dia, mas não consegui organizar nada de jeito... Uma inquietação, um mau-estar, um nervosismo...uma colega até brincou e comentou que eu estava com receio de falhar alguma coisa na reunião - eu não costumava falhar, era até bastante convincente nos argumentos que apresentava. Uma hora antes da reunião o telefone tocou. Fiquei a olhar para ele estática. A minha chefe, que estava na secretária ao lado, é que se levantou para atendê-lo... Sem saber explicar, mais uma vez, comecei a chorar compulsivamente, mesmo sem saber com quem ela estaria a falar...
Tantas outras situações...têm sido quase 20 anos nisto... Por um lado, consigo "preparar-me" para o que eu sinto que virá. Regra geral não é nada de bom, por isso começo a reunir forças para enfrentar o que quer que seja. Assim, quando chegar, já não fico em estado de perplexidade e reajo de imediato. Por outro, é terrível. Chamo a isso "sofrer por antecipação". Porque chega a ser esse mesmo o meu estado de espírito. E é angustiante.
Falo em tudo isto não porque me apetece, mas porque é o que tem vindo a acontecer, desde há uns dias para cá.
Um estado eufórico, um nervosismo inexplicável, um estado de ansiedade permanente. As insónias...as malditas insónias...
Factos recentes levaram-me inclusivé a interpretar erradamente todos estes sinais. Justifiquei-me com um acontecimento recente quando, na verdade, não seria exclusivamente a esse acontecimento que se devia tanto nervosismo.
O meu filho teve uma decepção muito grande que o atirou para um estado de tristeza muito profundo. E eu não sei o que fazer para o animar. Até a irmã tem andado de volta dele para o animar e nada...
Neste momento só queria ser capaz de fazer com que toda a dôr que ele sente passasse para mim e o aliviasse. Mas não sei como fazê-lo...