quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Comodismo, sentido prático e outras tretas

Lá ando eu às voltas, a esta linda hora...o costume. Vira para um lado, vira para o outro...até o cão já saltou da cama fora - ele dorme em cima dos meus pés, literalmente... :(
Devia sentir-me bem, devia estar tranquila, devia estar feliz. Afinal é esse o estado de espírito de quem inici um relacionamento com alguém, não?? Devia...mas não estou.
Mil e uma dúvidas me assolam. E não há como fugir a elas.
Tudo vem no seguimento de um post que li, num blog de uma pessoa amiga. Aliás, o texto não é original e eu até já o conhecia, faz parte de um comentário aqui deixado, inclusive. Na altura li, registei, mas nem liguei mais... Mas desta vez fez mossa... Tal mossa que nem comentei esse post. Não tinha palavras para o comentar. Tudo o que pudesse escrever soaria a falso. Incomodou-me ler aquele post. Sem esperar, revi-me naquele post. Bolas!!! Quem me manda andar a ler tudo e mais alguma coisa às tantas da matina, quando não consigo dormir??? E porque diabo ele tinha que lá pôr aquele texto, precisamente nesta altura??? Até me deu vontade de lhe dar um carolo, mas pela net não ía dar muito jeito...
Fala de comodismo nos relacionamentos. Fala do facto de as pessoas, hoje em dia, não se apaixonarem de verdade, apenas gozam relacionamentos previamente acertados ao pormenor, entre outras verdades.
Revi-me em tudo isso... Onde fica o amor e a paixão...? Pois...não há, realmente. Pelo menos, da minha parte. E o mais ridículo de tudo, sendo eu uma romântica inata, é que está tudo mal mas por minha intervenção! É tão estúpido dizer isto, mas é apenas uma constatação da realidade.
Acho que estou a meter os pés pelas mãos. Pior ainda, é que é uma situação aceite por ambas as partes. Mesmo sabendo de antemão que não há sentimento nenhum que me faça avançar para um relacionamento, é aceite com a esperança que um dia eu mude de ideias... Porra! O amor não é uma ideia!!! E eu deixei isto acontecer...
Sinto-me a pior pessoa ao cimo da terra. Não estou a enganar ninguém senão a mim própria.
Tenho que resolver este embróglio e nem sei por que ponta pegar.
Vou para a cama, dar mais meia dúzia de voltas. Pode ser que adormeça ainda antes do despertador tocar...

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem...é a primeira vez que leio o teu blog. Vou comentar o que me apetecer. Já deste conta, eu acho. Importas-te? Creio que não...

Quem é esta pessoa que se permite iniciar um relacionamento amoroso...sem amor? Não és tu, pois não? Não acredito...! Ou mudaste muito ou andas com os fusíveis avariados. O que se passa? Tu nunca foste assim.
O mal no meu casamento foi exactamente a falta de amor. Companheirismo havia, cumplicidade também. Mas amor...Confundimos tudo. Apenas estou grato por nos respeitarmos o suficiente para sermos os melhores amigos. O facto de não termos tido filhos talvez tenha amenizado a coisa, mas acabou por ser benéfico o fim. Mas foi desgastante. Não te desejo o mesmo. Acorda, mulher!