sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Grande lição...

Tem sido uma semana um pouco tempestuosa. Embora tente não me ir abaixo, acabo sempre por ir, nem que seja um pouco.
Escrevi no post anterior que o meu filho está numa fase muito delicada. Tem-me sido difícil animá-lo, ou tentar pelo menos. Ele é como eu. Por muito que lhe digam para se animar, essa força tem que vir de dentro. Bem se pode dizer que sim, que vamos em frente, mas cá por dentro é que sabemos o que sentimos. E não há nada a fazer senão deixar o tempo correr. Como um amigo me disse muito recentemente, o tempo cura tudo. E é bem verdade, como aliás tudo o que me tem dito.
Mas, não fugindo ao principal, o meu filho acabou por me dar uma grande lição.
A origem da tristeza do meu filho está no facto de que a Coorporação onde ele pertence e onde ele tem trabalhado, inclusivé, voluntariamente, está em dificuldades financeiras. Aliás, o mundo inteiro está, não é? Como ele estava lá a trabalhar de forma pouco (ou nada) formal, dispensaram-no dizendo que, se ele assim entendesse, poderia continuar desde que fosse em regime de voluntariado.
Foi tudo. O sonho. A ajuda em casa. O orgulho. A auto-estima. Nunca tinha visto o meu filho tão triste. Nem tinha imaginado que ele cairía num tal estado. Fiquei de rastos também, é claro...
A lição que me deu foi mostrar-me que não ía fazer como fiz a vida inteira. No espaço de dois dias apenas resolveu parte do problema: arranjou trabalho e começou a trabalhar hoje. A frustração e a tristeza ficaram para, segundo ele, qundo tivesse tempo e paciência.
E mesmo com o sobrolho carregado e os olhos tristes, levantou a cabeça e seguiu em frente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Aprender até morrer, não é amiga?
Sempre!