Hoje de manhã, quando saí à rua para ir beber um cafezinho e ler as últimas "desgraças" do mundo, deparei-me com um espectáculo no mínimo deprimente: um cachorro, denotando ser de raça imponente, jazia morto na berma do passeio. Uma vizinha que ía a passar disse que já tinham sido informado os serviços municipais para irem recolher o animal da via pública.
Detive-me perante tal imagem durante toda a manhã. De quando em vez, ía à varanda espreitar se o cão ainda lá estava. Por volta das 14H00 ainda não havia sinal de qualquer movimento.
Telefonei para a Junta de Freguesia, mas não tinham conhecimento de nada. Recomendaram que telefonasse para o Canil Municipal. Assim fiz. De facto, tinham instruções para recolher o animal e estavam só à espera que o motorista entrasse ao serviço.
Tive que me ausentar para uma entrevista e cheguei a casa por volta das 16H30. O corpo do cachorro já não estava lá. "Afinal, sempre vieram", pensei.
Mas não. Ninguém apareceu. Foi afinal um vizinho que o enrolou nuns trapos e o deitou no contentor do lixo.
Realmente, se não se dá atenção aos animais enquanto estão vivos, para quê tratar deles depois de mortos?
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
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1 comentário:
Esse é o jogo do empurra que já se tornou célebre em qualquer serviço público em Portugal. «Não é comigo, é com o meu colega», ouve-se do outro lado da linha. Triste país este..
NDS
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