quarta-feira, 19 de março de 2008

Cobardia

Hoje, alguém a quem muito estimo disse-me que sou uma cobarde. Assim, a frio. Não no sentido de lutar por uma vida melhor para mim e para os meus filhos, mas sim no sentido de tentar ser feliz.
Não deixa de ter razão. Sempre fui muito cobarde nesse campo, mas também fui o oposto quando encontrei o que pensei ser o meu objectivo. Aliás, em toda a vida, apenas duas vezes o fiz. Mas em nenhuma das duas encontrei a felicidade que procurava. É a vida.
Será normal ter receio de uma nova tentativa, penso eu. E tenho-me fechado ao mundo nos últimos anos, tentando "proteger-me" do que pensava poder ser-me nefasto. Nefasta foi, afinal, toda essa solidão que me tem acompanhado, tornando-me numa pessoa aparentemente fria, o que não sou.
Apenas não acredito na futilidade de sentimentos. Apenas acredito que o amor seja uma força imensurável que, quando sentida deve ser mostrada com a mesma intensidade. É assim que sinto, é assim que amo, é assim que vivo. E é assim que pretendo enfrentar o que sinto.

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