terça-feira, 25 de março de 2008

Vivemos numa sociedade em que tudo é medido ao milésimo de segundo. Andamos a correr para todo o lado, sempre a soprar, esbaforidos porque o tempo já não vai chegar para fazer tudo... É assim, hoje em dia, em todo o mundo.
Também nos afectos tudo é muito rápido, hoje em dia. Conhecemos novas pessoas quase todos os dias (ou pensamos que conhecemos, enfim, na net não há certezas de nada). Criamos simpatias, até ódios de estimação, à distância de um simples clic. Fazemos amizades de uma forma tão séptica que, infelizmente ou nem por isso, com a mesma rapidez com que surgem, esfumaçam-se no horizonte virtual sem deixar rasto. Talvez porque lhes faltou a base essencial, o tempo para que nascessem, crescessem e amadurecessem.
Mas nem todas, graças a Deus, são assim. Eu sei.
Também aqui podem surgir empatias mais fortes. Aqui poderão nascer, aqui poderão crescer, mas não é aqui que irão amadurecer, com toda a certeza.
O tempo é o melhor mestre. E só com tempo e sem pressas é que poderá dar-se vida a algo que pode vir a ser muito bonito. Ou até não. Quem sabe...?

2 comentários:

João Cordeiro disse...

Apenas para marcar presença...
Amanhã escrevo-te para o mail.

Beijo

Anónimo disse...

Certeira descrição de como prosperam as relações nos nossos dias. Também me parece que nos cyber-relacionamentos a casa começa a ser construída pelo telhado.
Nuno D Silva